sexta-feira, 11 de março de 2011

FOTOS DO CONCERTO DE GAZUA E ASFIXIA



ERA PARA TER EXISTIDO REVIEW DO CONCERTO E ATÉ ENTREVISTAS ÁS BANDAS!!!!
mAS ACABOU POR SER SOMENTE UMA GRANDE NOITE DE PUNK-ROCK, COPOS E CAMARADAGEM!!!!
UM GRANDE ABRAÇO AOS GAZUA, AOS ASFIXIA E AO DJ BILLY!!!!

TRUST FALL DOWN


GRANDE AMIGO DANNY


ABRE A PESTANA


DJ BILLY


MOSSDEB


KALLAH BOKAH


ASFIXIA


GAZUA

quinta-feira, 10 de março de 2011

entrevista a Albert Fish




Fiquem a conhecer esta grande banda  punk rock de Lx, já com 16 anos de existência



Pergunta da praxe, já sabem qual… como nascem os Albert Fish, e um pouco da sua história?
Rattus- Os Albert Fish nasceram em 1995 e a história também é da praxe relativamente a qualquer banda Punk Rock… 5 amigos juntaram-se para fazer barulho, curtirem ao máximo e porque não… colocar o dedo na ferida relativamente a alguns tópicos por vezes incómodos. A banda já sofreu algumas alterações no line up e 16 anos são um pouco difíceis de sintetizar em algumas linhas, mas contamos com 2 álbuns, 2 split cds, várias demos, 7” e compilações. Temos algumas centenas de concertos nas pernas incluindo algumas Tours pela Europa e uma no Brasil.



O nome Albert Fish porquê? Visto ser uma personagem um bocado nojenta.
Rattus- Não damos muita importância ao nome, não passa de um nome. O que nos fascinou na altura foi o facto de uma pessoa tão asquerosa e maquiavélica estar por detrás da imagem de um cidadão exemplar. A alcunha do Albert Fish era “avozinho carinhoso” para se ter uma noção. E é realmente e infelizmente uma situação não tão incomum na sociedade em que vivemos: lobos em pele de cordeiro.





Os membros dos Albert Fish têm ou tiveram projectosparalelos?
Rattus- Eu tenho os Facção Opposta e estou nos Crise Total para além de outros projectos. Já estive nos M.A.D, Clockwork Boys, Los Kuernos de La Bestia, etc e mantenho com outro amigo a editora Zerowork Records para além de colaborar em algumas publicações. O Daniel já tocou em Reltih, New Winds, Liberation, M.A.D., Mindchange, Los Kuernos de La Bestia entre muitas mais. O Claudino estava nos SK6 e anteriormente teve os Bootleggers, Take This, Error#11 e Brucelose para além de nos Estados Unidos ter tocado nos The Charm (com malta de Les Baton Rouge). Para além disso já passaram pelos Albert Fish membros de outras bandas como Skamioneta do Lixo, Luv da Xit, Simbiose, Croustibat, Beringelas, SIStema, Rock’n’Bock, Fiona At Forty, Vicious 5, Paizinho e os Putos, No Class Youth, Sicko Lolitas, Escargout entre outras…

 

 De que falam as vossas letras?
Gustavo- Procurando ser sintético e abrangente … a merda de mundo que criamos e em que vivemos e que está mais do que na hora de o mudar.




Em relação á vossa discografia, podem falar um pouco sobre os vossos discos? Coisas boas? Coisas menos bem conseguidas? Algumas histórias relacionadas? O que vos apetecer?
Rattus- Relativamente à nossa discografia:
-We Don´t Eat Children For Breakfast (demo tape 1996)
-Six Pack (demo tape 1997)
-Take A Break (demo tape 1998)
-s/t (promo cdr 2001)
-Strongly Recommended (CD 2002, Anticorpos/ Zerowork Recs)
-Garotos Podres/ Albert Fish Split Cd (CD 2006, Grtpd/ Anticorpos/ Zerowork Recs)
-Ao Vivo Na Feira Mix – 1998 (cdr 2008, Infected Records)
-Demos 96 (cdr 2008)
-News From The Front (CD 2009, Raging Planet/ Zerowork Recs/ Your Poison/ Graver/ Criminal Attack)
-Friendship – Blind Alley Dogs/ Albert Fish split (CD 2011, Zerowork Recs/Your Poison/Graver/Oi! Tapes)

Algumas compilações:
-A Nossa Luta (cdr 1999, VDF)
-Street Loyalty (tape 2001, Fightback)
-Rocksound Vol 6 (CD 2003, Rocksound Portugal)
-Delfins Not Dead (CD 2004, Lótus/ Som Livre)
-Tocabrir 2005 (CD 2005, CML)
-Ataque Frontal (CD 2006, Impulso Atlântico)
-Entulho Sonoro 1 (CD 2007, Underworld)
-Riot Not Quiet #1 (cdr 2007, RNQ)
-Infected Records DIY Fest (cdr 2007, Infected Records)
-Punk & Destroy Vol.II (mp3 2008, Punk & Destroy)
-Intolerant?
Me? Perspectivas (CD 2008, PAR)
-Vozes De Burro Não Chegam Ao Céu (cdr 2009, Punk’n’Gil)
-Punkarte (7” EP vinil 2009, Anime)
-Underground Anthems (7” EP vinil 2009, ZW/Bandworm/CanISay/DieUltimaChords/Infected/YP)
-Círculo De Fogo #9 Sinergia (mp3 2010, Círculo de Fogo Netlabel)


Com que bandas é que vos deram mais prazer dividir o palco? Porque sei que já tocaram com grandes nomes da cena punk internacional?
Gustavo- Das bandas de “fora” é mais tocar no mesmo palco do que conviver, aquelas que nos marcaram mais pelo convívio foram os Garotos Podres sem dúvida, uma das melhores experiências que tivemos, pessoas impecáveis e que nos deram a conhecer o melhor lado da amizade e do espírito que gostamos no punk, Varukers com os quais passamos uns momentos bem porreiros e bem-dispostos … quem diria?!?!?! e Los Fastidios que são grandes dentro e fora de palco. D.P.E. pelas pessoas, pelo espírito que encarnaram, pelo apoio que nos deram e por Aljustrel que é a nossa segunda casa. Decreto77, porque nos admiram tanto como nós a eles e são todos excelentes pessoas, além de uma grande banda. Acromaníacos … vá-se lá saber porque … talvez por terem todos nascido no Júlio de Matos e por lá continuarem a viver e ensaiar até hoje. Os Crise Total … o Manolo é o maior!!
Rattus- Há bandas que já são quase família, como os Decreto 77, Crise Total, Acomaníacos, Blind Alley Dogs, Simbiose ou Dalai Lume. De fora claro, os Garotos Podres. Também me deu prazer tocar e conviver com os Klasse Kriminale e com os Deadline. E não me posso esquecer dos nossos grandes amigos Katéter da Hungria e Inadaptats (agora Eina) da Catalunha. Os The Casualties também já quase são da casa!



Que bandas é que mais os influenciam, em termos de banda e em termos pessoais (membros da banda?)
Gustavo – Em termos de punk e coisas parecidas, (porque ouço muita coisa diferente), Censurados, Dead Kennedys, Bad Religion, Adolescents, Descendents, Angry Samoans, L7, Fugazi, Black Flag, Rudimentary peni, Rancid, Operatyon Ivy, Ramones, Crass, Bad Brains, Circle Jercks, Anti-Flag, subhumans, zero boys, a/political, etc. …
Rattus- Tanta coisa que se torna ingrato referir só algumas, mas posso disparar para o ar os The Clash, Undertones, The Jam, Molodoi, Banlieu Rouge, Komintern Sect, Secret Affair, Stiff Little Fingers, Social Distortion, The Templars ou Blitz.



O que é para vocês o punk? E o movimento punk?
Gustavo- O Punk é um estado de espírito representado pela angústia, pela raiva, pelo inconformismo, pela revolta e pela independência de pensamento … vem tudo da cabeça e das ideias que dela emanam. É o conteúdo e não a forma. Quanto ao movimento punk, falando de Portugal que é o que melhor conhecemos, continua pequeno, escondido, simples, empenhado, dedicado e brigão … e a promover as ideias que falamos anteriormente … pelo menos a parte dele que nos interessa.
Rattus- Mais do que o aspecto musical, o Punk para nós distingue-se dos outros movimentos precisamente pela sua consciência política e social. Não faria sentido para nós usarmos Albert Fish para escrever músicas de amor ou de como o sol é bonito.



Acham o punk um movimento político? Ou somente social?
Gustavo- Existe nas duas formas, depende de quem agarra nele e da forma com o usa. Se não é as duas, devia ser … politicamente consciente e socialmente activo. Politicamente consciente, na denúncia de tudo aquilo que nos faz mal, que nos trata mal, que nos desconsidera. Socialmente activo, na produção de alternativas e mantendo as condições para que essas alternativas se expressem e existam.


Como descrevem o actual panorama punk em portugal? Que bandas curtem? Distribuidoras? Salas de concertos? Etc
Gustavo- Falamos do panorama punk em Lisboa, que é aquele que nos é mais familiar. Parece estar a surgir um pessoal novo com gana e que está a pegar nas mãos aquilo que outros já deixaram por cansaço e desilusão. Estão a organizar concertos com bandas que estão a começar, a trazer algumas bandas de fora de Portugal e a juntarem bandas mais antigas. Pode ser o começo de uma cena punk mais pujante em Lisboa … vamos ver. Bandas cá do burgo, temos aí os Decreto77, os Acromaníacos, os Desobediência Geral, os The Skrotes, os Dalaí Lume, No Good Reason, , Skina Carroça, Canhões de Guerra …
Quanto às salas de concerto, a coisa está agora a arrancar numa sala do Ginásio do Alto do Pina, vamos ver se pega e se continua … vamos ver até quando os proprietários vão aguentar a gula de aumentar os preços.
Rattus- O Punk em Portugal continua pequenino e mesmo sendo pequeno há atrasados mentais que de punk não têm nada e continuam a ver isto como uma competição quando o Punk é exactamente o oposto. Dizem mal dos outros sem nada de positivo construírem. Mas felizmente são uma minoria e ficamos por aqui. Relativamente a distribuidoras cingem-se principalmente às poucas (mas boas e batalhadoras) editoras que temos, para além da já referida Zerowork temos a Infected Records, a Your Poison, a Can I Say e num patamar mais profissional a Raging Planet. Salas de concertos não há grandes alternativas mas acaba por haver um pequeno circuito pelo País. É de louvar quem mantém salas fora de Lisboa ou Porto e contribui para a descentralização dos concertos. Bandas actuais de referir, para além das que o Gustavo mencionou: Blind Alley Dogs (excelente streetpunk de Coimbra), For The Glory e Overcome (para os amantes de Hardcore), The Ratazanas (banda de topo na cena Europeia de Early Reggae), Asfixia e Gazua (Punk Rock), Rock n Bock e SIStema (Drunk Punk).



Já fizeram algumas tours, podem falar um pouco delas, onde andaram? Com q bandas tocaram? Etc?
Gustavo- As mais marcantes foram a primeira pela Europa e a do Brasil. A da Europa começou no País Basco e acabou em Barcelona, com concertos na Holanda, Alemanha, Hungria e Itália. A banda mais conhecida com quem tocámos terá sido talvez Possible Suspect na Holanda, as outras já é difícil lembrar os nomes. Foram dias muito bem passados, que contribuíram para crescermos muito enquanto banda, infelizmente não aproveitámos o balanço que a experiência nos deu da melhor forma. No Brasil, foi quase sempre com Garotos Podres, exceptuando um concerto com Muzzarelas em Campinas. Foi a experiência mais surreal que tivemos e acho que iremos ter enquanto banda. Histórias … muitas e boas … nem dá para retratar quase nada, na maioria coisas de nada … de um mundo completamente à parte para quem visita a América do sul pela primeira vez. Desde tocar dentro de depósitos de água, conhecer o lado menos turístico do Rio de Janeiro, encontrar pretos nazis, tocar numa sala cheia de polícias armados de metralhadora, o clima, as pessoas, aparecer na televisão … mas acima de tudo partilhar isso tudo com o pessoal de Garotos … todos eles óptimos companheiros de estrada e de ar!!
Rattus- Corrigindo o Gustavo, nessa tour a banda mais conhecida com que tocámos foram os Zounds, banda inglesa da Crass Records, com quem tocámos em Amesterdão. Foram realmente as Tours mais marcantes, a primeira na Europa, as 2 semanas no Brasil e acrescentaria a Tour com os Varukers.


Têm alguma história engraçada para contar? Ou triste?
Gustavo- Em 16 anos de banda não faltam histórias. A maior parte delas pessoais e que devem continuar assim. Existe uma que tem alguma piada e um dia podemos talvez disponibilizar as imagens … envolve Budapeste e pornografia … claro!! A dos pretos nazis assim resumidamente … chegamos ao local do concerto em Brasília e estava um pessoal à porta que foram ter com o Rattus para tirar fotos, de repente sacam todos da saudação nazi e o Rattus à toa, descobrimos depois que estavam armados e com o propósito de matar o vocalista de Garotos Podres, descobrimos também que o organizador do concerto estava armado, tal como um gajo que estava em cima de palco a fazer segurança e sabe-se lá quem mais … todos de pistola, a dada altura da nossa actuação, entram talvez uns 20, 30 polícias todos armados de metralhadora e nós a tocar e a tentar ver quando o ambiente rebentava e dava merda da grossa … felizmente correu tudo bem para toda a gente.
Rattus- Histórias há muitas… apanhar o Biff de Varukers de manhã à procura de ácidos no chão da carrinha, stresses na fronteira entre Rep Checa e Eslováquia por pensarem que éramos nazis, madrugadas à procura de squats e sermos encaminhados para casas de putas em Den Hag na Holanda, passarmos por um tiroteio no Rio de Janeiro e depois porrada entre gangs no concerto mesmo ao lado da favela, etc. Uma que me marcou muito foi em Tocantins, acompanhámos os Garotos Podres numa sessão de autógrafos na loja Rock Convenience e apareceu um grupo de putos que tinham feito largos quilómetros a pé pois só tinham dinheiro para o bilhete do festival. Já no recinto do concerto fizemos uma colecta de dinheiro entre os membros de Albert Fish e Garotos Podres para oferecer aos putos para que pudessem comer qualquer coisa… e vieram as lágrimas aos olhos dos putos. A lista continuava, dava para escrever um livro!


Dentro do panorama punk/hc/skin que bandas aconselhavam a procurar ouvir, informar-se sobre?
Gustavo- Eu destacava Rudimentary peni, Minor Threat, Crass, Black Flag, Bad Brains, Bad Religion e  bérurier noir pela mensagem que estas bandas deixaram que me parece importante do meu ponto de vista pessoal, Censurados como é óbvio pela importância que têm para o punk português, mas acima de tudo, que ouçam e se informem de todas as bandas com que descubram alguma afinidade, importante é manterem presente a importância da mensagem , mais do que a estética que estes estilos devem transportar, também importante claro.
Rattus- Eu aconselhava a descobrirem outras cenas que não a Inglesa e a americana, pois o Punk/Oi!/HC é muito mais vasto que apenas esses 2 países. Eu pessoalmente tenho uma paixão pelo Oi!/Punk francês: Komintern Sect, Bérurier Noir, L’Infanterie Sauvage, Molodoi, Camara Silens, West Side Boys, Trotskids, e muitas mais.



O que é preciso para pôr os albert fish a tocar? Condições?
Gustavo- Acima de tudo, vontade em nos ter a tocar. Depois depende muito de quem nos convida (amigos e pessoas que conhecemos e sabemos o que podem dar ou desconhecidos) e da natureza dos eventos (benefits, organizações de pessoal amigo e independente), normalmente as condições são as suficientes para pelo menos não perder dinheiro, quando os eventos são de maior dimensão e aquilo que se cobra às pessoas já é qualquer coisa, fazemos as contas e pedimos o preço que achamos justo. Acima de tudo é importante referir, que infelizmente ninguém alguma vez ganhou dinheiro com a banda, pelo contrário.


Ultimas palavras para os leitores ( se os houver) do blog mossdeb77
Gustavo- Não deixem de aparecer num concerto nosso quando estivermos por perto e vocês também, que apoiem a música que vive fora do radar mediático, que mantenham as vossas cabeças a pensar e não se deixem afundar. Por último, que sigam este blog com atenção, que a pessoa que a ele se dedica é alguém que conhecemos de há muito e que tem provado durante todo este tempo ser uma excelente pessoa e um grande amigo. Abraços!!Rattus- Obrigado a ti pela entrevista e acima de tudo pela amizade de anos. Um obrigado também a todos os que de uma maneira ou outra nos ajudaram nestes já longos anos de luta e de divertimento. See ya!



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

THE RUTS


Corria o ano de 1977, o punk começava a ser o monstro que iria transformar toda a sociedade, e numa pequena cidade Inglesa, na mente dum jovem mod, chamado Malcolm Owen uma banda começava a tomar forma, seria o inicio de uma das melhores bandas punk-reggae, THE RUTS.
Malcom telefona para o seu grande amigo e guitarrista, Paul Fox, queria formar uma banda punk, e deu poucas hipóteses a que este dissesse não. A eles juntaram-se depois Dave Ruffy , John 'Segs'  Jennings para a bateria e para o baixo respectivamente.

Desde cedo a banda mostrou o seu ódio ao racismo. Juntando-se e tornando-se extremamente activos no R.A.R (Rock Against Racism) na sua luta contra Frente Nacional (Partido Fascista).

A forma activa como os Ruts se mexiam dentro dentro do R.A.R, fez com que estes participassem em inúmeros concertos organizados pela associação, começaram a tocar fora de Londres e foram “apadrinhados” e admirados pela banda de reggae MISTY AND THE ROOTS. Foi a própria banda de reggae que convenceu a editora People United records a dar uma chance para que os punks gravassem um single. Os RUTS agarraram a oportunidade e dai surgem, do lado A, a musica “In a rut” que se tornaria com um hino para a banda, e do lado B, "H-Eyes" um música venenosa e peçonhenta contra a heroína, e ao mesmo tempo uma música profética como vamos constatar depois.



E surge mais uma vez o radialista da BBC, John Peel que se torna fã da banda, e dalhes uma hipótese de poderem actuar no seu programa. A sua música começa a ser conhecida. A Virgin procura-os, para os juntar nas suas fileiras, e em 1979 gravam o single "Babylon's Burning", que chega ao sétimo lugar o top britânico. De repente toda a gente conhecia os RUTS.



Nessa altura com o fim dos SEX PISTOLS, com a ida dos CLASH para a America, muitas perguntas e dúvidas sobre o punk começavam a surgir, mas com os RUTS obtiveram-se muitas respostas. A banda ganhava créditos cada dia que passava, além de não serem uma banda vinda de alguma escola de artes. Eram punks e com atitude. O espírito D.IY estava vivo.
Nesse mesmo ano partem em tour com os DAMNED, por toda a Inglaterra,

Sai nessa altura o segundo single com as músicas “something that i say” e com um malhão com enorme influencias reggae “Give a youth a change”.

Lançam o primeiro álbum, intitulado “The Crack”, e ainda surge o terceiro single do álbum, com a música dub-reggae “Jah War” que fala sobre os motins e a violência policial no Southfall Londrino de onde era originários os seus companheiros de armas MISTY AND THE ROOTS.  A outra música chama-se "I Ain't Sofisticated" e é como um grande manguito para as classes mais altas e priveligiadas.

Em 1980 gravam mais um single, "Staring at the Rude Boys",, rapidamente adotado pela cultura two tones que ia surgindo, e do lado B outra música de Reggae "Love In Vein".




A banda começa a acompanhar o grande LAUREL AITKEN, passa a ser a banda de suporte do artista e chega mesmo a gravar a música “Rudi Got Married” com ele.
Mas Owen começa a ter graves problemas com heroína, a banda tem de abandonar a tour já confirmada em Inglaterra e nos Estados Unidos. 
O vocalista promete largar a droga e grava o single "West One (Shine on Me)".
Mas pouco tempo depois, Owen morre de overdose na casa de banho dos pais, com apenas 26 anos.
Muitas músicas dos RUTS tinham uma temática anti droga, mas pelos vistos proféticas.
Os próprios DAMNED chegaram a gravar uma música dedicada ao amigo intitulada "The Limit Club" que fala sobre a adição á droga.
A Virgin lança uma compilação, ”Grin & Bear it”, com os singles e músicas ao vivo, apesar dos restantes membros da banda estarem fartos do negócio da música.
A banda muda o nome para RUTS D.C. e muda também a sua sonoridade.
Mas em 2007 a banda volta a juntar-se e como frontman surge o ex-vocalista dos BLACK FLAG, HENRY ROLLINS. Fazem um concerto bennefit para o guitarrista Paul Fox, que se encontra com cancro. Nesse concerto têm imensas bandas de suporte, entre as quais os DAMNED, MISTY AND THE ROOTS, UK-SUBS, etc…

O guitarrista morre nesse mesmo ano com a idade de 56 anos.
Em 2008 surge sai outra compilação chamada “Original Punks”


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fim de Semana Punk-Rock

É JA NESTE FIM DE SEMANA QUE VAI HAVER PUNK-ROCK EM FARO E PORTIMÃO
DIA 11 NO ARCADIA COM:

DIA 12 NO MARGINÁLIA BAR COM:



EVIL CONDUCT grande banda Holandesa



Os EVIL CONDUCT são uma banda de oi /punk originaria da Holanda. Começaram a tocar em 1984, e a banda de 3 elementos tinha na sua formação 2 skinheads, antifas claro. Mas isto nos anos oitenta, pouco interessava. skinheads eram skinheads, logo era difícil arranjar espaços para concertos, assim só com uma demo gravada e cerca de cinco concertos, acabaram em 1988.


Mas já nos anos noventa a demo foi reeditada em dois singles de 7”. Como era uma banda desconhecida de quase toda a gente, mas como tinham um som brutal, os EVIL CONDUCT, tornaram-se uma espécie de lenda obscura. O seu som era comparado com as grandes bandas do oi britânico, chegaram a ser apelidiados dos LAST RESORT Holandeses, que eles próprios encaram isso com um elogio. Mas eles têm um som e uma identidade própria! Um som punk básico, com os vocais poderosíssimos  e uma atitude muito “in your face”  fez deles uma grande banda da classe operária.

Passados cerca de 10 anos, após a sua dissolvência eles voltam a juntar-se. Começam a tocar por toda a Europa (excepto Portugal para variar) , com os concertos brutalíssimos que dão começam a ganhar uma reputação enorme dentro do panorama skinhead punk/oi.

Só em 2006 com a entrada de um novo baixista, que toca de uma maneira bastante rude e  que torna o som da banda bastante mais energético. Com esta nova formação gravam um novo EP de 7” chamado “Never Let You Down” .

A Má Conduta (EVIL CONDUCT) volta aos concertos e começa a escrever novas malhas para um novo álbum. Este sai para as ruas em 2007, e tem o nome de “King of Kings”. São 12 malhas originais e duas covers, uma delas de Jimmy Cliff, lendario musico de Reggae.
Desde aí não pararam de gravar, e de tocar ao vivo.
Das edições lançadas há que salientar um split com os 4-Skins, um mini CD com o veterano da cultura oi FRANKY 'BOY' FLAME  dos SUPERYOB, a tocar piano e ajudar nos vocais que fazem de um mini-cd um grande álbum.

E lançaram agora o novo álbum rule O.K.

Uma das melhores bandas OI de todos os tempos
Discografia dos EVIL CONDUCT
Vinil de 7"
«A Way Of Life» (Streetwise Records)
«A Way Of Life» (Mad Butcher Records)
«Bootboys EP» (Mad Butcher Records)
«Never Let You Down EP» (Randale Records)
«The Way We Feel EP» (Randale Records)
«Turning The Past Into The Present» (split com The 4 Skins)
«Home Sweet Home/One Of The Boys» (Randale Records) lançado em 24-10-2009•

Vinil de 12" e cd’s
«Sorry... No» (Skanky 'Lil / Knock Out Records)

«Eye For An Eye» (Knock Out Records)
«King Of Kings» (Knock Out Records)

«Sorry... No» (Knock Out Records) reedição
«The Way We Feel» (Randale Records) mini-cd
«Sorry... No» picture disc (Knock Out Records) reedição de 30-10-2009
«Eye For An Eye» pictur disc (Knock Out Records) reedição de 30-10-2009

«Rule O.K. 2010